Projetos
O Memorial da Escravatura e do Tráfico Negreiro de Cacheu foi criado através a implementação de dois projetos de cooperação internacional consecutivos, “Cacheu, Caminho de Escravos” e “Cacheu, de si cultura i istoria”, pela ONG guineense AD - Acção para o Desenvolvimento - e sues parceiros, entre 2013 e 2020. Os dois projetos, co-financiados pela União Europeia, visaram valorizar o património histórico e cultural da antiga cidade de Cacheu para promover as indústrias culturais como meio de crescimento económico inclusive e sustentável, facilitando a população guineense no acesso aos bens e serviços culturais. Atualmente, AD e os seus parceiros estão comprometidos em animar novos projetos e iniciativas que possam multiplicar o impacto do Memorial de Cacheu sobre a região e o país, reforçando as dinâmicas já lançadas nestes anos.
Apresentamos aqui as fichas dos projetos realizados e uma lista dos projetos em curso ou em preparação.
Projetos "Cacheu, Caminho de Escravos" e “Cacheu, de si cultura i istoria”
Projeto “Cacheu, Caminho de Escravos” | |||||
Nome dos requerentes: AD – Acção para o Desenvolvimento (Coordenador)
AIN – Associazione Interpreti Naturalistici ONLUS (Co-requerente) |
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Designação do projeto:
“Cacheu, Caminho de Escravos” |
Setores:
– Cultura – Desenvolvimento alternativo não agrícola – Turismo
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Localização da ação | Custo da ação (EUR) | Papel na ação: coordenador, co-requerente | Entidades financiadoras da ação
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Montante da contribuição (por entidade financiadora) | Datas |
Guiné-Bissau, Região de Cacheu, Sectores de Cacheu, Calequisse e S. Domingos | 577.097 € | Coordenador: AD
Co-requerente: AIN |
União Europeia
(21-03-01 e 21-03-02)
AD |
UE: 519 387,31 €
AD: 57 709,70 € |
De
15/01/2013 a 31/07/2016 |
Objetivos e resultados da ação | Objetivo geral
Promover a cultura, o património histórico e as expressões culturais, como meio de desenvolvimento económico, facilitando aos intervenientes a formação e capacitação. Objetivos específicos a) Promover o resgate e vulgarização da cultura e história de Cacheu; b) Promover a cultura e identidade local como meio de redução da pobreza, criação de riqueza através de novas actividades económicas; c) Potenciar a diversidade cultural étnica enquanto factor de paz, desenvolvimento e unidade nacional para uma imagem multi-cultural da Guiné-Bissau. Resultados esperados: R1: Cacheu, considerado património regional da cultura, numa rede de cooperação com instituições do Senegal, Guiné, Brasil e Cabo Verde; R2: A cultura na Guiné-Bissau é vista como um sector de potencial económico; R3: Cacheu é um local habitual de destino cultural e histórico; R4: A cultura assume-se a nível nacional como um factor de coesão nacional, de orgulho e auto-estima, em contraponto às alternativas militaristas. |
Projeto “Cacheu, de si cultura i istoria” | |||||
Nome dos requerentes: AD – Acção para o Desenvolvimento (Coordenador)
AIN – Associazione Interpreti Naturalistici ONLUS (Co-requerente) COAJOQ – Cooperativa Agro-Pecuária de Jovens Quadros de Canchungo (Co-requerente) Governo Civil da Região de Cacheu (Co-requerente) |
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Designação do projeto:
“Cacheu, de si cultura i istoria” |
Setores:
– Cultura – Desenvolvimento alternativo não agrícola – Turismo
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Localização da ação | Custo da ação (EUR) | Papel na ação: coordenador, co-requerentes | Entidades financiadoras da ação
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Montante da contribuição (por entidade financiadora) | Datas |
Guiné-Bissau, Região de Cacheu, Sectores de Cacheu, Calequisse e S. Domingos | 608.272 € | Coordenador: AD
Co-requerentes: AIN Onlus, COAJOQ, Governo Civil da Região de Cacheu |
União Europeia
(21-03-01 e 21-03-02)
AD |
UE: 541.362,60 €
AD: 66.909,40 € |
De
01/01/2016 a 30/11/2020 |
Objetivos e resultados da ação | Objetivo geral
Valorizar o património histórico e cultural da antiga cidade de Cacheu e promover as indústrias culturais como meio de crescimento económico inclusive e sustentável, facilitando a população guineense no acesso aos bens e serviços culturais. Objetivos específicos a) Promover a conservação e valorização de património histórico e cultural da antiga cidade de Cacheu; b) Promover as indústrias culturais para o desenvolvimento humano e crescimento socioeconómico criando oportunidade de emprego e geração de rendimento; c) Promover a participação comunitária e a concertação com atores públicos e da sociedade civil na boa governação do património cultural; d) Favorecer o acesso aos bens e serviços culturais através da vulgarização da cultura e história de Cacheu. Resultados esperados: R1.1. Conservação do Património arquitetónico histórico da antiga cidade de Cacheu melhorada; R1.2. Musealização do Memorial da Escravatura de Cacheu melhorada; R2.1. Festivais e eventos culturais promovidos; R2.2. Economia local dinamizada com novas oportunidades de emprego; R2.3. Acesso à formação profissional na indústria cultural melhorada; R3.1. Participação das comunidades na conservação e gestão do património cultural melhorada; R3.2. Coordenação das instituições culturais públicas e privadas para boa governança do património cultural promovida; R4.1. Acesso aos bens e serviços culturais melhorado
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No momento em que a ação “Cacheu de si cultura i istoria” terminou, outras inciativas e projetos com a participação do Memorial/AD como parceiro oficial, já tinham sido lançadas, tanto a nível nacional, que internacional, com efeitos multiplicadores notáveis nas áreas da pesquisa arqueológica, da pesquisa histórica e geográfica, da musealização, da comunicação visual, do turismo de raízes, do cinema.
Aqui algumas das iniciativas/projetos já aprovadas e em curso de implementação:
- 1. Projeto arqueológico “A Town of Three Worlds: Archaeology of Violence and Cosmopolitanism in the Slave Trade”, Port of Cacheu, Guinea-Bissau (2021-2022), responsável científico Dr. Rui Gomes Coelho, financiado pelo National Geographic USA, com a primeira campanha arqueológica a realizar em março-abril 2022.
- 2. Projeto “Ecologias da Liberdade: Materialidades da Escravidão e Pós-emancipação no Mundo Atlântico” (2022-2024), financiado pela Fundação para Ciências e Tecnologias – FCT (Portugal) e promovido no contexto da parceria entre o Memorial da Escravatura de Cacheu e o Centro de História/UNIARQ-Centro de Arqueologia, da Universidade de Lisboa, que prevê também a criação de um arquivo arqueológico de referência para faunas da sub-região no Memorial da Escravatura de Cacheu, a realizar pelo Laboratório de Arqueociências (LARC) de Lisboa, estrutura de investigação da DGPC do Ministério da Cultura de Portugal;
- 3. Projeto de investigação “Topografias do tráfico negreiro ao longo do Rio Cacheu, Guiné-Bissau, séculos XVI – XIX” (2021-2024), financiado pela Fundação para Ciências e Tecnologias – FCT (Portugal), apresentado pela bolsa de Doutoramento da arqueóloga Sara Teixeira Simões que irá juntar-se nas pesquisas arqueológicas atualmente em curso, dirigidas pelo Dr. Rui Gomes Coelho.
- 4. Projeto de investigação “TeM.P.orA. Turismo, Memoria e Patrimonio in Africa Occidentale ed Europa” (2021-2022), financiado pela Universidade IULM de Milão sobre turismo memorial em Cacheu e no Mundo Atlântico, com os investigadores: prof. Marco Maggioli, Claudio Arbore e Giacomo Pozzi.
- 5. Projeto “Apropriação participativa de memórias fotográficas coloniais: o arquivo e a construção de novas narrativas na Guiné-Bissau” (2020-2022) projeto artístico participativo e colaborativo coordenado pela Dr.a Maria Kowalski (Universidade Nova de Lisboa, programa Photo-Impulse), pela reapropriação das imagens coloniais.
Outros projetos com o Memorial de Cacheu/AD como parceiro oficial foram apresentados em 2021 e estão na fase de avaliação, e são os seguintes:
- 6. Projeto “Vida, Morte, Liberdade e Movimento”, projeto colaborativo, desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e da Universidade de Bristol, Inglaterra, liderado pelo Prof. José Lingna Nafafé, centrado sobre a história da escravatura no mundo atlântico de língua lusófona.
Ou de formulação:
- 7. rojeto arqueológico sobre o Reino do Kaabu (Guiné-Bissau), do Instituto de Ciencias del Patrimonio – Conselho Superior de Pesquisa Científica da Espanha – CSIC (Espanha) e Universidade de Ziguinchor (Senegal) no quadro do qual está prevista a realização de um Centro de formação para arqueólogos guineenses e da sub-região no Memorial de Cacheu.